Sábado, 27 de Setembro de 2008

DUARTE de ALMEIDA

  Nós somos uns degenerados da pior espécie, mas desde á muito...não é nada de novo..... Desse modo se justifica, que a maior e mais significativa colecção de armas que existe em Portugal tenha sido colectada por um alemão de seu apelido Reinhart que se apaixonou por esta terra e pela sua história..... Se alguma coisa genuína temos nos museus portugueses da especialidade a ele o devemos. Todavia, para nossa grande vergonha, a única armadura de cavalaria portuguesa, encontra-se exposta no museu de Toledo......Admirados???? Trata-se da armadura de Duarte de Almeida, conhecido na nossa história pelo “Decepado”. Mas vejamos o que a História nos diz:

Alferes-mor de D. Afonso V, conhecido na história pela alcunha do Decepado. Era filho de Pedro Lourenço de Almeida. Na batalha de Toro, em 1 de Março de 1476, entre tropas portuguesas e castelhanas, em que tanto se distinguiu o príncipe D. João, depois o rei D. João II, praticaram-se actos de valentia e heroísmo; entre os guerreiros que se tornaram notáveis, conta-se Gonçalo Pires e Duarte de Almeida, o alferes-mor do rei, a quem estava confiado o estandarte real português. A luta foi enorme; as quatro grandes divisões castelhanas, vendo os seus em perigo, acudiram a auxiliá-los, ao mesmo tempo que o arcebispo de Toledo, o conde de Monsanto, o duque de Guimarães e o conde de Vila Real avançavam em socorro dos portugueses. Subjugados pela superioridade do número, os portugueses caíram em desordem, abandonando o pavilhão real. Imediatamente, inúmeras lanças e espadas o cobrem, e todos à porfia pretendem apoderar-se de semelhante troféu. Duarte de Almeida, num supremo esforço, envolto num turbilhão de lanças, empunha de novo a bandeira, e defende-a com heróica bravura. Uma cutilada corta-lhe a mão direita; indiferente à dor, empunha com a esquerda o estandarte confiado à sua Honra e lealdade; decepam-lhe também a mão esquerda; Duarte de Almeida, desesperado, toma o estandarte nos dentes, e rasgado, despedaçado, os olhos em fogo, resiste ainda, resiste sempre. Então os castelhanos o rodearam, e caiem às lançadas sobre o heróico alferes‑mor, que afinal, cai moribundo. Os castelhanos apoderaram-se então da bandeira, mas Gonçalo Pires, conseguiu arrancá-la. Este acto de heroicidade foi admirado até pelos próprios inimigos. “

 O resto da história diz-nos que Gonçalo Pires foi regiamente recompensado pela recuperação do estandarte e que Duarte de Almeida foi recolhido, moribundo, pelos espanhóis, tratado e reenviado para Portugal....mas ficaram-lhe com a armadura, que expõem, não sei bem, se na catedral ou no Alcazar de Toledo. Hei-de ver......

    TRISTE  POVO, QUE PRECISA DOS SEUS INIMIGOS PARA HONRAREM OS SEUS HEROIS.

 

publicado por mochovelho às 19:25
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